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Seja Bem vindo (a)

sexta-feira, 19 de outubro de 2012



Estrela oculta
Quando a tempestade da CÓLERA explode no
ambiente, despedindo granizos dilacerantes,
vemo-la por antena de amor, como uma estrela
oculta, isolando-lhes os raios, e se o temporal da
revolta encharca os que tombam na estrada sob o
visco da lama, ei-la que surge igualmente por
força neutralizante, subtraindo o lodo e aclarando
o caminho... Remédio nas feridas profundas que
se escondem na alma, ante os golpes da injúria,
a estrela oculta é balsamo invisível, lenindo
toda chaga. Ante a sua presença, a queixa
descabida interrompe-se e pára e o verbo
contundente empalidece e morre.
Onde vibra, amparando, todo ódio contem-se,
e o incêndio da impiedade apaga-se de chofre...
Acessível a todos, vemo-la em toda parte, onde
o homem cultive a caridade simples, debruçando-se
pura, à maneira de aroma envolvente e sublime,
anulando o veneno em que a treva se nutre...
Guardemo-la conosco, onde formos chamados,
sempre que o mal reponte, delinqüente e sombrio,
por que essa estrela oculta, ao alcance de todos,
é a prece do silêncio em clima de perdão.
***Emmanuel***