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quarta-feira, 20 de abril de 2011

(Palavras de um chefe indígena a forasteiros que chegavam ...)

 
Neste encontro com você, penso:Eu quero saber o que de fato você busca e se é capaz de ousar,
sonhar, encontrar as aspirações de seu coração.
Não me interessa a sua idade, eu quero saber se você será capaz
de se transformar em um tolo para poder amar, viver seus sonhos,
aventurar-se a estar vivo.
Não me interessa qual o planeta que está em quadratura com sua
lua. Eu quero saber se você tocou o centro de sua tristeza, se
você tem sido exposto pelas traições da vida ou se tem se
contorcido e se fechado com medo da próxima dor.
Eu quero saber se você é capaz de se sentar com a dor, a sua e a
minha, sem tentar esconde-la, nem melhorá-la.
Eu quero saber se você pode ficar com a alegria, a minha e a sua.
Se você é capaz de dançar loucamente e deixar que o êxtase o
envolva, até as pontas dos pés e das mãos sem querer nos
aconselhar a ser mais cuidadosos, mais realistas, nem nos
lembrar as limitações do ser humano.
Não me interessa se a história que você me conta é verdadeira.
Eu quero saber se você é capaz de desapontar o outro para ser
verdadeiro consigo mesmo.
Se você é capaz de suportar a acusação de traição e não trair a
própria alma.
Eu quero saber se você pode ser confiável e verdadeiro.
Eu quero saber se você pode ver a beleza mesmo quando o dia
não está belo e se pode ligar a sua vida a presença de DEUS.
Eu quero saber se você é capaz de viver com os fracassos, os
seus e os meus, e mesmo assim se postar nas margens de um
lago e gritar para os reflexos da lua: "Sim".
Não me interessa onde você mora e nem quanto dinheiro você
ganha, eu quero saber se é capaz de acordar depois da noite do
luto e do desespero, exausto e ferido até a alma, e fazer aquilo
que precisa ser feito.
Não me interessa o que você é e nem mesmo como chegou até
aqui. Eu quero saber se você irá postar-se comigo no centro do
fogo e não fugir.
Não me interessa onde e com quem você estudou. Eu quero saber
o que o sustenta interiormente quando tudo o mais desabou.
Eu quero saber se você é capaz de ficar só consigo mesmo e se
realmente é boa companhia para si, mesmo nos momentos vazios.
(Palavras de um chefe indígena a forasteiros que chegavam ...)

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